Quando hoje chegares far-te-ei uma festa. Uma festa só para ti, de velas vermelhas escorrendo pingos quentes como sangue manchando a toalha branca muito rendada, muito permissiva na cor que adivinha o fundo dos copos. Não, não haverá champagne, farei com que mordas amargo o quarto de limão e lambas nas costas da mão o sal fino que faço honra em te polvilhar e depois de uma golada só sintas o fogo da tequilla a queimar-te por dentro até no peito te estalar um ardor com que hás-de aquecer o meu, provocador, não demasiado descoberto que estas coisas da luxuria são como Barthes. Adivinha, imagina como por dentro, escondido e tão próximo de ti, serei agora neste isco de te descompôr, o negro do vestido traçado a meio no ondular do sonido que me agita braços de cabelo ao alto, escapando mansa ao sal e ao sumo do limão em que te tentas a provar-me.
quarta-feira, 9 de janeiro de 2008
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5 comentários:
Enfeitiçado no pouco que vejo das tuas formas, escondes subtilmente para o meu desejo atingir patamares tão intensos que este fogo que me queima por dentro sabe deliciosamente bem.
Enlouquecido a ti me entrego fico submisso aos teus desejos.
Beijo-te os dedos dos pés
Atormentas os meus segredos.
:)
Beijo pela manhã
*
sant'ana
,
uuuffffffff
,
conchinhas
,
*
Olá linda!
Entregando a vida amarga como o sumo do limão, o sal fazendo a sede de a viver, o morango dando o gosto requintado, as velas para o amor aquecer
beijinhos mil
Rachel
Eu delicio-me em todos e cada um destes textos.
É difícil escrever melhor.
Simplesmente isso.
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