Enganaram-me. Disseram-me que o corpo humano era igualzinho a uma máquina, um motor bem afinado que como qualquer engenho apenas precisa de ser bem estimado e o segredo da coisa está na alma do seu dono. É tudo mentira. O meu corpo sente a falta das tuas mãos, de me guiares no escuro até aos teus olhos onde toda eu me ilumino por dentro. E este motor, pobre motor que deixaste de olear, nem ferrugem lhe deste tempo, quebraste-o no extremo ao abandonar a vontade de saberes como funciona. Agora que nem as peças se encaixam mais pela folga que nelas lhe deixaste, a ver se me arranjas um coração sobressalente. Mas quero um de aço com garantia de muitos anos, anti-corrosão, anti-amor, impermeável à temperatura de um qualquer outro corpo e com código de segurança que outras mãos nas minhas são palavras de roubo.
terça-feira, 8 de janeiro de 2008
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3 comentários:
Queria um anti-amor esse interessava e muito.
Belo como sempre
Beijo
olá linda!
Um coração que se entregue que saiba o que significa a palavra amor
Sem medos, sem receios e com o máximo respeito, assim será um coração que se possa guardar
beijinhos mil
Rachel
Até para um mecânico era difícil ...
Belo texto.
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