O alarme tocou e ela pousou o dedo sobre o painel colorido, afinal estava acordada antes da hora, muito antes de ser preciso abrir os olhos, levantar, seguir a vida. E agora que era a hora deixava-se ficar, uma espécie de desafio ao tempo, quem ganhava mais se se erguesse na pressa como todos os dias, ela ou o tempo sempre no seu ritmo certo, que mesmo depois dela se ir haveria de continuar a rodar no mesmo movimento egoísta sem se importar com alarmes, intranquilidades, desesperos. Fechou os olhos, não dormia, contemplava os anos passados e o ganho que daí tivera. Achou nenhum. Levantou-se e preparou-se, saiu. Mas não correu, cumprimentou demoradamente quem com consigo se cruzou, olhou o céu e admirou-lhe as cores. Sabía lá se o tempo lhe pregaría uma partida e se encolhia para ela.
sábado, 7 de fevereiro de 2015
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