Bebía as palavras, engolía-as sem mastigar, tudo numa assentada apressada à procura de si, um verbo que lhe traísse o nome, a dedicatória. Consumía o texto expectante do amor declarado, a dúvida iluminada pelo quero-te, amo-te, desejo-te. Voltava ao inicio, demorava os olhos nas frases terminadas a reticências, a vontade de encontrar-se ali exibida como objecto do amor suspirado e no entanto... interrogava-se, enciumava-se no pensar a outras alcançado, quería-se única e cobiçada, imaginava-se nos braços vigorosos de tal paixão. E ao desligar o computador desligava esse fogo ardente, esse amor virtual em que a maior virtude é sentir de quem não se conhece.
quinta-feira, 17 de janeiro de 2008
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
5 comentários:
Quando deixar de pensar nos outros e ler para si mesma palavras que traduzem momentos perfeitos o simples gesto de desligar o botão não faz esquecer o que não se conhece.
*
diz-me bill gates,
quando real, o virtual,
,
xi
,
*
Bebi aqui teu conto...
Pérolas incandescentes de carinho amigo.
Eärwen
A vivêncis no virtual, a imaginação daquilo que nem sabemos se existe.
O desligar de um botão...O apagar...
Apaga????????????
Não sei
bjgrande em ti
Ola Linda!
Uma fuga e o que e, uma fuga da fantasia para a realidade...
beijinhos mil
Rachel
Enviar um comentário