Toma-me as mãos, olha-me profundamente os olhos até obrigares os meus a baixarem, pedindo-me de seguida que te encare e sinta o hálito das tuas palavras contra o bater apressado do meu coração, ansioso e receado pelo que adivinho, mas nada digas. Aproxima-te tanto de mim, mas sem me beijares, só quero sentir o calor da tua pele a ruborizar a minha face, aqueles segundos fatais antes da queda esperada, a dos teus braços que me amparam no desfalecimento da emoção de saber que não vou resistir por muito tempo, imploro na boca húmida o beijo que agora , já, imediato quero, todas as estrelas acesas que num flash único me disparam a terra para longe dos pés. Aperta-me contra ti, a mão aberta nas minhas costas a outra perdida no meu pescoço, aconchegada sob o cabelo que te aquece o pulso e as veias e só agora, meu amor, só agora que o sangue que te corre é o meu borbulhando também, diz-me baixo, diz-me manso, diz-me rouco o quanto me queres.
domingo, 13 de janeiro de 2008
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3 comentários:
É muito mais do que amor...
Pareces adivinhar as fantasias que por vezes povoam nossas mentes.
Pérolas incandescentes de doces momentos.
Eärwen
Sentido e quente como o desejo, mas belamente descrito.
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