Traçava os braços contra o peito, puxava a camisola, ajeitava a marrafa de cabelo junto à orelha e no nervosismo das lágrimas que raiavam os olhos confessava que ele, afinal, desistira. E soluçava agora, um pranto escondido entre mãos crispadas pela perda de dias entregues ao amor em que se descobrira mulher e mulher se achara para todo o sempre unida a ele. Ele era dela, de uma outra prometido, negócios aprontados em outros tempos, outras familias e um comércio em crescimento que salvara a familia de uma mingua. Explicava que tinha de ser assim, porque era assim e na falta de explicações rematava que o amava calando bocas e condenações. Aguentava a partilha, a duvida e a imaginação dos seus actos repetidos nos braços dele e de uma outra. Chamavam-lhe à razão, pedíam-lhe dignidade e orgulho, um ponto final num assunto sem começo. E ela apenas pedía que a deixassem amá-lo pois tinha sido ele que a ensinara.
sábado, 12 de janeiro de 2008
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1 comentário:
ola querida!
O amor nao escolhe o certo ou errado, quando ele e verdadeiro nao tem fronteiras.
Na vida quem soube, ou sabe amar, pode se dar feliz, porque soube viver.
Mesmo que seja so uma passagem, quem se entrega por completo, sem olhar o perconceito ou orgulho, ganhou e nunca perdeu
Que o teu fim de semana seja maravilhoso, que a tua imaginacao nunca te falte, pq adoro te ler
mil beijinhos
Rachel
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