Esta noite, esta mesma noite peço-te, deita-te a meu lado e não digas nada. Abraça-te a mim e fica assim sossegado, eu a ouvir-te o suspiro pelas confissões que gargarejo, coisa de nada, coisa minha, coisa antiga e aos poucos desato a voz e conto-te histórias. Mil, um milhão talvez, atropelam-se na menina que fui, na rebelde que ainda guardo, na mulher que visto todos os dias.
Sabes que danço quando não estás? Arranjo um par invisivel e na extensão dos braços seguro a mão dele, pouso a minha no ombro, sinto a cintura segura, aqui, sente agora como podes dançar comigo ao som das minhas histórias e ficares tão quieto que se o coração se acelerar mudamos de ritmo, embalo-te no meu corpo encaixada e páro-te no olhar que - sinto - me aquece a cova do ladrão, o cabelo separado em dois pela tua barba roçada. Shhh... não digas nada. Fica só assim, os dois num salão de baile, tu muito elegante a cortejares o meu decote.
Amanheceu. Dormes...
3 comentários:
(durmo)
Faço o que pedes fico submisso aos teus encantos e enquanto te abraço apertadamente vou ouvindo as tuas histórias de encantar, fascinado com os teus gestos admiro a bela mulher que tenho perante mim.
Embora seja uma mulher crua que é capaz de utilizar as palavras certas no momento certo é também doce o suficiente para envolver com o olhar.
Beijo
A dança sonhada...Aquela que pode ser a dança da nossa vida, ao som de uma música que ficará na memória como sendo nossa.
Belo
Pena que raramente se realize...Que fique a pairar no imagário.
bjgrande
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