De cada vez que ela por ele se deslizava, apertava os lábios, os olhos, as mãos como se sentisse dor. Caminhava-o, cego, perdido, pedindo o fim breve para logo se atrasar no repente estático que ela obrigava. Impulha-lhe textos sussurados ao ouvido, prendía-lhe a tensão nas palavras murmuradas sem pontos finais, parágrafos completos de outros mundos e ele cativado na narrativa perdía-se para outro rumo. E lá voltava, salgada do mar dele, arranhando-lhe o torso na areia vincada pelos joelhos dela, apertendo-o nas coxas, amazonicamente fantasiada de contra-luz. A indignação dele arremessava-a para trás, o cabelo molhado chicoteando a pressa da meta. Domava-a então, o sabor do sangue no lábio queimado de lhe ser dele.
sábado, 15 de dezembro de 2007
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2 comentários:
Uau!!!
Simplesmente fantástico!!!
Muito lindo, mesmo... :)))
Deixo-te mimos e saio ainda com um nó na garganta :)))
Limito-me ao silêncio. Beijo fantasma.
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