DEC.LEI Nº344/97

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Escrever é poder amar-te



terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

O CHEFE

Jantar bem servido e bem regado, muita conversa e risos, palmas aquando da entrada dele, abraços, palmadas fortes sobre as espáduas no tom de ser cá dos nossos, apertos de mão prolongados e protegidos com a outra, tossicados pelo momento solene e alguma emoção que não transborde na lágrima pois isto é coisa de homens e quem tanto deu e por tanto tempo só merece que todos se comportem à altura. O relógio com a gravação datada e agradecimento ao chefe culmina com a festa de sexta-feira, todos querem ir à sua vida, faltam as palavras deste a louvar o esforço sempre desmedido de todos e o quanto aprendeu tornando-o num homem melhor. Gritam-se apoiado, boa, uma ou outra gargalhada que o discurso vem ensaiado há muito e alguma brejeirice calha sempre bem para aliviar o momento e prender a atenção dos que já se perguntam onde tomar um copo e ver umas gajas pela esticada da noite. Vai-se este e o outro que ocupa o seu lugar é tão canalha quanto este o foi, mas sempre se há-de achar o que se foi bem melhor do que este alguma vez será. Até ser a vez deste também partir e ser substituído por outro.

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