DEC.LEI Nº344/97

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Escrever é poder amar-te



quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

DIZ-ME, PEÇO-TE

Fico nesta graça depois de me dizeres que me amas... Mesmo que só o digas porque to peço. Sabe-me bem ouvir-te dizer-me essa palavra... Mesmo que o digas sempre no mesmo tom, no mesmo disparo automático de quem mete uma moeda na máquina e lhe sai o brinde. Diz-me que me amas, amo-te. Aninho-me em ti, perdida nos teus braços, de olhos fechados a enganar-me que não to pedi e sonhando que mo disseste porque o sentías tanto, tanto e precisavas de o dizer vezes sem conta para que me lembrasse sempre e tivesse a certeza dessa palavra soletrada aos pedacinhos a encher-me de uma felicidade liquida que me escorre por dentro e me imuniza de outros males. Se não te peço nada me dizes. Nem mesmo o teu olhar me sussurra que o possas sentir e que por pudor da imensidão da palavra a guardas para nós. Diz-me que me amas, talvez à força de o repetires venhas a querer usá-la, saboreá-la no acto voluntário de ma ofereceres sem eu estar à espera, surpreendida pela magia de um verbo tão pequenino me fazer tão grande.
Amo-te digo eu e volto a pedir-te que me repitas no eco enganoso e continuado. Tenho medo de um dia não te pedir por já não precisar e tu quedo, nem notes que já não te amo.

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