Ouves tu o mesmo que eu? Vês daí a lua gorda e amarela lá no alto, uma dedada no azul escuro a guiar barcos e namorados? Se eu daqui soprar sentirás o meu hálito? Ou pensarás que é a brisa da noite quando no Estio abres portadas e deixas o fumo do teu cigarro subir a direito e depois embrulhar-se num rodopio porque te perdes nas asas das cigarras a esfregarem-se atraíndo outras no canto zumbideiro que nos deixa zonzos? E se eu gritar a plenos pulmões o teu nome chegarás mais perto para me ouvires sussurrar? Irá bater o teu coração ao mesmo compasso descompassado do meu? Mesmo estando tu do outro lado do mundo?
domingo, 17 de fevereiro de 2008
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2 comentários:
Num céu sem chão todas as palavras parecem vagas mas as tuas entram na pele.
O teu silêncio... esse som divino das palavras não ditas
Beijo
Reinvento sons, tempestades, silêncios, instantes, luares...
Do outro lado do mundo e tão perto.
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