Se eu me levantar durante a noite, não estranhes. Vou apenas espreitar o negrume do céu, tentar descobrir-lhe uma ou outra estrela acesa que faça brilhar este cetim de azul tão profundo que magoa os olhos. Não troco o calor da tua respiração pelo arrepio do silêncio que envolve este lado do mundo. Apenas quero sentir que me chamas, que me precisas na entrega ciumenta de quem teme pelo fascinio do escuro mágico aqui e ali pontilhado por faróis que me encaminham o suspiro, vê-los traçar uma estrada de pedidos à próxima cadente suicida que não receba o seu amante. Mal sinta este xaile fino a escorregar-me a pele voltarei para ti, cheia duma saudade que nunca tive pois tu és o meu melhor abafo.
sexta-feira, 4 de janeiro de 2008
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