Ai, mas se agora tudo isto é festa que será de mim quando acabar a festa e fores embora dando-me as costas do teu fraque negro, o meu perfume nas bandas e no colarinho, o pó-de-arroz junto à tua face, no bolso guardado o calor da minha mão na tua junto a um lenço que agora diz adeus à festa. Ai, mas se agora danço contigo, os teus olhos vendo no espelho dos meus que verei eu quando ao espelho me despir, sem ti para me desviares a alça do vestido amarrotado de tanto te sentir, trapo enrolado pelo pés do chão que ainda há pouco no beijo tocado me arrancaste do chão. Ai, mas se agora eu me despedaço na solidão da noite que escorre paredes ainda tenho notas de música para me embalar na festa do sonho que quero ter.
sábado, 29 de dezembro de 2007
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