DEC.LEI Nº344/97

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Escrever é poder amar-te



segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

APAGAR

Primeiro entre dentes, depois já cuspido, de seguida em grito, acabado no silêncio. Não se lembra agora porque discutiu. Tenta voltar atrás na acção, no inicio, no despencar da compostura, no sitio onde sentiu a ferida a abrir-se. Se no peito, se na barriga. Não recorda, as lágrimas inicíam o seu curso e salgam-lhe a lingua, escorrem pelo ferimento, arde-lhe a alma, não verga o punho. Só sabe que voltou costas, partiu furiosa, os saltos furando a terra, hirta na raiva que se acachapa no coração, não perdoa, não deve rebaixar a sua vontade apenas para concordar. Então deve ter sido isso: não concordou. Ou não foi?... não sabe, não quer saber porque discutiu e porque não concordou, só quer parar esta dor, apagar os momentos que não recorda, voltar atrás e sentir a eminência da repetição do acto para poder evitá-lo, avisar o que vai acontecer e fugirem para longe da separação.

5 comentários:

Phantom of the Opera disse...

Quem consegue apagar o amor?

Permanece
adormecido
nas palavras
que não digo.

Beijo silencioso

Chat Gris disse...

Eu, que me comovo com tão pouco, acho as tuas palavras sempre minhas. Deve ser bom sinal.
Boa semana para ti.

GarçaReal disse...

Às vezes a vontade de apagar um dia , um momento e partir ,é tão forte que nos tira a razão.

bjgrande

poetaeusou . . . disse...

*
ditoso eu sou,
concordo com tudo,
*
xi
*

Bichinho disse...

Não, não apagues...beijo fantasma.