De todo o amor leu tudo o que podía. Nenhum tinha fim porque todos tinham o mesmo fim. Perguntava-se se o amor não é um fim porque sería que de tanto nem um lá chegava?! O amor não é o principio, é o que se atinge e percorre durante. Até ao fim. Porque o fim não tem fim, é infinito, é o amor. Então, melhor não amar: assim nunca havería essa estrada longa para fazer, o amor a termo certo, o amor a prazo, a meta rasgada na separação. Que estranho soía... pois parece que os amantes sabíam desse fim logo à partida, mal davam as mãos e dizíam amo-te e mesmo condenados, o deserto minguava-se ao paraíso, o suicidio da viagem atraía sedutor na envolvência e promissor fim. E depois, aquela legenda sorridente com que se fechavam as histórias, mesmo mortos ou separados, em que todo o alcance do fim tinha sido o fim em si mesmo: amar.
terça-feira, 27 de novembro de 2007
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1 comentário:
O melhor mesmo é não amar...
Beijo
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