A chuva a caír na cadeira de balouço e ele deitado no jornal, para lá e para cá as letras vão seguindo os trilhos de um combóio do tempo à medida que a luz esvaída lhe acaba os olhos na melodia da colher rodada na chávena solitária de café, acompanha-lhe o farrapo do leite e o arfar do cão idoso, espera os passos da vizinhança pelo corredor comprido nos gritos alegres da criança traquina quando o ponteiro subir e não antes, a chuva a caír nas dobras da leitura feita e o canário amarelo arroxeado nos relâmpagos que prolongam tempestades debica miolos de nada à mão de um ele que se baloiça para apressar a chegada do combóio.
quarta-feira, 6 de novembro de 2013
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