Tirou o pé do chinelo de pano e apoiou-o sobre o peito do outro pé sem nunca parar de descascar as batatas num movimento circular contínuo até a casca fininha se tornar comprida. A última batata era deformada e com olhos verdes, rodou-a entre os dedos e pareceu-lhe mal entre as outras tão ovais e perfeitas na sua cor de palha. Foi tirando altos e acertando falhas e quando deu conta tinha esculpido um coração.
quarta-feira, 9 de maio de 2012
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