DEC.LEI Nº344/97

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quinta-feira, 29 de maio de 2008

ETERNA(MENTE)

Rodava a aliança sem parar, um tique que ganhara havía muitos anos, solta, o dedo magro estreitava-se mais ainda na cintura do ouro, não se apercebía do gesto, só o nervoso e embaraço ou a saudade e o choro contido a impelíam para a segurança de o girar como se desse corda a um relógio invisivel para que o momento passasse rápido e se dissipassem esses incómodos que lhe vestíam o semblante. A aliança estava gasta, não do movimento que lhe dava mas do polimento dos anos que a tinha à sua mercê, mais de viúva do que acasalada e nunca quisera juntar à dela a que fora dele. Talvez porque no dia que ele lha devía ter entregue não aparecera e ela ficara a eterna noiva de mão esticada a aguardar o selar da comunhão.

1 comentário:

Patti disse...

Linda, esta forma como contas esta vida que não foi vivida.