Dobrou-se sobre si mesma, os braços traçados a prenderem dores sem nome, o rosto pendendo sobre os joelhos. Quando abriu os olhos viu o mundo a fazer o pino. Ou talvez o mundo tivesse passado a ser assim, tudo ao contrário, um avesso de costuras mal terminadas e acabamentos esfiapados que depois do soco no estomago vem o vómito, o rodar da sala, a noticia não acaba com o ponto final e fica sempre aquela moinha danada, perfurante, já pouca da adrenalina do choque quando as palavras esbofeteiam no rosto e atordoam a realidade que parecía eterna, uma secura que não humedece nem à força do choro. A ressaca da dor dói mais que a dor. Traz memórias de tempo sem dolo, comparações de felicidade e agonia e como o bêbado promete-se, promete-se sempre que nunca mais tal voltará a acontecer.
quarta-feira, 12 de dezembro de 2007
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3 comentários:
Nada é eterno a não ser as palavras.
Beijo
Promesas...beijo fantasma.
Olá!
que maneira linda de dizer uma verdade, bem verdade.
quando se esta magoados doí, só que depois da raiva passar a dor é sempre muito maior, quando se cai na realidade e se vê o quanto somos ou fomos estúpidos, só que, tal como bêbedo prometemos não mais, e outra vez já la esta.....
Parabéns Amiga se a posso chamar assim, você escreve além de bem. com bastante psicologia
Vou de ferias, quero antes de partir lhe desejar um Natal feliz e que o ano de 2008 lhe traga tudo que você merece, paz amor,saude e já agora muito e muito dinheiro
Voltarei acompanhar teus post no ano de 2008, um a um. obrigado por este ano me ter dado a possibilidade de eu ter conhecido seu blog, e poder ver um talento de alguém que sabem usar psicologia para escrever maravilhosamente bem
beijinhos em seu coração
Rachel
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