DEC.LEI Nº344/97

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quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

CONCHAS

Gosto de conchas do mar, encostá-las ao ouvido e sentir os murmúrios das ondas a segredarem-me histórias de sereias, piratas e naufrágios. Contam-me devagar em tom de lamento, pedem-me que as ouça, guarde para mim e depois as devolva às águas, à sétima onda para na acalmia descansarem de tanto canto entregue a quem as consegue escutar. Às vezes choram saudades. De tanto terem dito e de seguida terem sido largadas no areal. Presas a um sem fim de histórias passadas que no final a tristeza é a maior delas por não voltarem a casa. Sós e perdidas num seco contar que quem as escutou esqueceu a liberdade das palavras e apenas guardou as que quería para si. Um dia hei-de ser concha e hei-de ser livre pois só contarei de mãos que me agarraram e ouviram o canto até ao fim e no fim tanto choraram que me ofereceram um mar só para mim.

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