Nem feia, nem bonita. A estável, a disponível, a ouvinte, a compreensiva, a agenda actualizada dos aniversários, o post-it inolvidável, a porta aberta sem hora, o pronto-socorro, a cama-extra, a sorridente, a amiga perfeita. Todos gostavam dela, muito, muito mesmo. Sempre presente, a mão no amparo de qualquer um. Sem se lembrar dela, tudo voltado para fora. Os amigos foram-se juntando aos pares, às casinhas, ao ciclo da vida a rebolar sobre si, um, outro a sobrar, lembraram a amiga. Atiçaram-lhe um par de calças como recompensa de tantos atendimentos. E ela atendeu mais uma vez, esqueceu-se de perguntar ao seu coração se quería, ele foi-se, fizera o jeito, nem bonita nem feia. Deixou de ser nova mas ainda não era velha, os outros todos arrumados, ela a arrumar a sua vida. Quando deu por si não tinha nada de seu.
sábado, 8 de dezembro de 2007
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
3 comentários:
Mulher bonita, já não é menina,
traz nos olhos o brilho da vida, no coração um mar de esperança
Se entregou, deu tudo que tinha, deixou de viver, para dar vida
Nada pediu, nada lhe deram, de mãos vazias olhou o passado......
Muito bonita tua escrita, parabéns, gosto de te ler:)
Obrigado pelos teus amáveis comentários
que teu fim de semana seja Maravilhoso
beijinhos mil
Whispers
Tinha um passado cheio de dádivas a outros ofertadas....
Beijinhos
BF
Amiga...doação...
Pérolas incandescentes de sentimentos.
Eärwen
Enviar um comentário