Alternava os dias na euforía dos sentires com a combustão do desejar. Sentía-se enorme, um gigante mal disfarçado entre a pequenez do que algum dia pudesse ter palpitado como amar. Tudo coisa pequena, agora visto à lupa. Dava por si feito em suspiros longos, a mente viajada em desertos onde se achava nos braços dela e ela era a água que bebía e o salvava, cheio até transbordar na humidade dos olhos que sorríam pela dor acarinhada da mão junto ao peito, o receio deste se rachar e escapar-se-lhe tanto sentir... E de outras vezes, a explosão a borbulhar eminente, o ardor na pele, a posse da carne, a fome das formas a consumi-lo no salivar da presa que se precisa primário na saciedade satisfeita e só depois no gosto da prova. Quería-a de todas as maneiras inventadas e mais uma criou quando soube que amar é alma em tudo.
quarta-feira, 26 de dezembro de 2007
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