Se aquela casa verde fosse minha pintava-a de branco com barras azuis. Depois havería de me pôr à janela a ver passar quem passasse à espera que me perguntassem pela casa verde. Havería de lhes contar a estória dessa tal casa que havía sido engolida pelo mar e que voltara de novo, lavada, muito branca, mas com restos de água raiados como uma saia de roda toda à volta em azul, para que nunca se esquecesse da sua aventura. Não haveríam de acreditar em mim. Mas eu diría que era por isso que estava à janela. Que eu era uma sereia que tinha ficado presa dentro da casa e que agora não podía regressar. Eu sei que também não íam acreditar. Mas sei que íam sorrir. É por isso que a casa verde deve ser azul, não achas?
domingo, 14 de julho de 2013
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