Quando magoa dói por todo o lado, nas mãos, no olhar, o acre da boca a esmagar as lágrimas e também no engolir do nó seco que teima em não ir para baixo. De baixo, sente-se por baixo do mundo, acodem-nos as memórias de um tempo sem medida em que as dentadas no ventre são como coitos macerados na vontade de entrar no outro e devorar lembranças para que mais nenhuma reste senão aquela tão única. Dói, como rasgar desenhos de infância em que o céu era azul e o sol amarelo e depois tudo se mistura numa amalgama sem cor que não seja o negro. Ou o branco do querer esquecer.Será que se esquece, que se olvida a mão a conduzir o caminho do sangue nas veias?
sábado, 7 de fevereiro de 2009
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