Pior que dizeres vai-te, não te quero, é fazeres de conta que não estou, que a minha invisibilidade te incomoda como um par de sapatos por engraxar a destoar no fato de marca impecável nos seus vincos que aprumam a pose. Pior que me sorrires de boca sem o pisco do olhar é embaciares ao longe o horizonte de uma tela pendurada torta, distraída do seu efeito decorativo. Pior que me balançares a mão na tua é eu senti-la como um peixe pescado, frio, sem o ardor das guelras a lutarem por um ar que se escapa. Pior que estar sózinha e lúcida é embebedar-me neste estar de não ter espaço a ocupar pois se até o vazio o enche.
domingo, 4 de maio de 2008
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