Falaram, muito e de tudo e de coisa nenhuma, ofereceram o som das palavras para abafar o do coração sempre tão perto dos lábios, pulsante no verbo escondido, é agora que te digo que te quero, é agora que te ouço dizer amo-te, ainda não, mais um pouco, um quase receio de materializar o etéreo, breve me despeço e tu não o dizes, espera, não vás já, quero dizer-te tudo o que não consigo, tenho de ir e na pressa da despedida a mão que segura as palavras desata o nó das gargantas, a pressa de te dizer que também te tenho em bem e dentro de mim, que o silêncio é o solene do que emociona, tanto, o tanto do mesmo de sempre e na próxima ainda se calam, ainda oferecem palavras que escondem o bater do coração.
quinta-feira, 15 de maio de 2008
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