Se de Abril eu escrevesse fá-lo-ía de Primaveras e brisas mornas, olhares verdes, coração acelerado de vermelho tinto de ensejo, multidões como mares de maré cheia, perguntas e mais perguntas até devassar as minhas interrogações fechadas em quartos sombrios como esqueletos do meu ser que abriguei nos livros forrados a papel de jornal sob a ameaça da calúnia e da destruição de quem os escreveu. Se de Abril eu escrevesse fá-lo-ía enfeitiçada pelo sabor do beijo, liberta de corpetes apertados junto ao peito disfarçando as palavras que sempre soube e mantive engolidas no silêncio de as ouvir no segredo. Se de Abril eu escrevesse faría um poema sem rima todo impresso na minha memória para um dia recordar que às Primaveras também se chamam acreditar.
sexta-feira, 25 de abril de 2008
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