Que interessa? Éramos nós ou nem isso, talvez fôssemos apenas as mãos à espera, mãos pousadas sobre pernas que já tinham caminhado muito, muito e agora plano de mãos, sim de mãos que se davam uma à outra para lembrar como era quando se encaixavam nas alheias, a esquerda à direita de um par perfeito, um outro que não era seu e até nisso o mundo achara caminhos feitos de pernas cansadas para encontrar mãos certas para se atarem na justa medida, francas e seguras, mãos sinceras.
Sobram os riscos nas mãos, uma espécie de lembrança dos vincos que ficaram no aperto das mãos dadas, sabedorias das mãos sinceras ou olhos que passaram imagens para as minhas palmas, assim não esqueço, assim nada mais interessa, éramos nós, ainda o somos.
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