Por vezes quando a noite lhe pesava nas horas e ele tardava nos minutos da espera, ela achava que a varanda o faría chegar mais rápido. Jurava sempre para si que sería a última vez que o faría, não voltaría a esperá-lo a pé, de robe, cabelos ao vento. Mas uma qualquer força que ela não segurava levava-lhe os pés descalços até à varanda e já friorenta, procurava os faróis do carro dele que a cegavam, para depois às pressas, correr e meter-se na cama a fingir que dormía descansadamente. Muitas vezes aguardava até que a madrugada despontava. Muitas vezes enrolava-se nos cortinados a passar o tempo, a cobrir-se do frio, a esconder as lágrimas, a fingir-se outra que nunca sería.
domingo, 18 de agosto de 2013
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