Tenho para mim que este milhão é uma unidade pequenina, minúscula, na verdade um ser liliputiano que se pendura na minha orelha e inventa junção de palavras para eu tas poder repetir como um ponto de teatro que se afoga no baixo da voz e se camufla de fosso, lembrando aos perdidos a fala continuada de uma rábula antiga. Depois o diálogo, a tua mão amparando o rosto inclinado enquanto os olhos descem à boca minha, sobem os meus olhos ao teu olhar e as palavras, as palavras soltas como perdidas, as palavras de mãos dadas na tua esperando a vez de se unirem e ruidosamente, esquecendo a platéia e em uníssono sem ensaio geral adiam o fim ao proferirem que escrever nunca deixará de ser amar-te.
sábado, 2 de outubro de 2010
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