A mulher deitou-se no rio, deixou-se levar na corrente, braços abertos na cruz da vida. Vai leve neste berço que canta todas as cores desde o nascer até o sol riscar a fogo a hora de descansar. A mulher deitou-se ao rio e largou na margem a tristeza e a dor, despiu as mágoas e as lágrimas, esqueceu-se de tudo o que era feio, agora o tecto é o céu, a terra esta água tanta que a embala. A mulher vai pelo rio, voltou a ser pequenina, pode rir e brincar, tocar tritões e golfinhos. A mulher mergulhou no rio. Foi-se. Amanhã,ao abrir o caderno de esboços o rio voltará a levá-la em todos os sonhos que desenhar.
segunda-feira, 13 de abril de 2009
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