Já havía sido testemunha calada de muito mas como tal nunca houvera sentido que o silêncio pudesse ser tão surdo nos ruídos do crepitar, desfazer, deixar de existir num inferno na terra em que o pecado por provar assim restaría para o sempre. Veio o fogo e comeu, lambuzou-se das beiras e da casa e das recordações, ficou o nada no sitio do tudo e o nada ocupava mais espaço que o tudo que sempre morara no coração e deste pouco havía a saber, tão só as mãos na cabeça perdida e rolada entre escombros que o tempo sería o mestre a levá-los e as cãs jã não podem esperar por outros sons, por outras casas, por outro incêndio que arrase, por mais um tempo que lhes dê tempo para recomeçar. Foi testemunha calada mas o lume também a levou.
domingo, 1 de fevereiro de 2009
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