Podía arranjar um milhão de argumentos para voltar a procurar-te, a falar-te de todas as coisas que já conversámos vezes sem fim e que sempre servem de mote a sorrisos e silêncios denunciados de quanto nos queremos mas desta vez a dor grita mais e mais alto não deixando ouvir o coração. Podía até esquecer o milhão de histórias que inventei para te contar e fabricar outras, declamá-las teatralmente no dramatismo exagerado de quem gosta e não quer despedir-se mas desta vez as cortinas correm-se à mão, devagar e a sentir o peso do veludo de tudo o que se deixou para trás. Não posso ser outra personagem que não eu e tu tu próprio, este palco é a vida e o acto o último desta história que foi tão bonita.
quarta-feira, 7 de maio de 2008
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