Conheci D.Fofa solteira, amiga de marinheiros, comida de mãos abertas e farta de festas no lombo, focinho prazenteiro nos olhos húmidos castanhos que sabem ver passadeiras no verde e parar no vermelho. D.Fofa acomoda-se nos cartões que o arrumador de carros de uma só perna lhe muda a cada chuvada que cai. D.Fofa é livre e altiva. D.Fofa cheira o ar e sabe as horas a que o perigo espreita. Tenho visto D.Fofa acompanhada, não sei como se chama o cão rafeiro que a acompanha, tão igual a ela que dificilmente pensei tratarem-se de dois até os ver juntos. D.Fofa e seu marido são inseparáveis, ela dorme ele vigia, repartem ossos e arroz de vésperas no apetite desejado das mãos gentis dos marinheiros, depois o marido lambe o focinho negro de D.Fofa, ela late, abanam as caudas felizes. Acho que se amam.
domingo, 6 de abril de 2008
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