Lembra tudo como se fora presente, ausente dele é a mancha afundada ao lado e nem cheiro agora permanece para uma réstia se perseguir de olhos fechados até ao lugar vago, mão que afaga vagarosa igual ao carinho dos tempos e ao hábito do nome pelas manhãs e pelas noites, ainda o diz silenciosa, ainda o diz a ecoar pelo quarto para as paredes não o esquecerem vincadas pelo encosto dos ombros e das palmas e de tudo o que de vida há impresso como papel a forrar anos, faz-de-conta que está para esquecer o faz-de-conta ausente, lembra tudo como agora e já nem sabe o que custa mais, se a lembrança dela se a ausência dele sem ela.
sexta-feira, 18 de abril de 2014
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