DEC.LEI Nº344/97

TODOS OS TEXTOS SÃO DA PROPRIEDADE DO AUTOR E ESTÃO REGISTADOS AO ABRIGO DA LEI DA PROTECÇÃO DOS DIREITOS AUTORAIS E PROPRIEDADE INTELECTUAL. INCORRE NO CRIME DE CONTRAFACÇÃO QUEM SE APROPRIAR, COPIAR, PLAGIAR E MENCIONAR NO TODO OU/E EM PARTE OS TRABALHOS AQUI PUBLICADOS, EM CONFORMIDADE COM O CÓDIGO DE DIREITOS DE AUTOR E DOS DIREITOS CONEXOS.
.
.
.
Escrever é poder amar-te



sexta-feira, 18 de abril de 2014

O CORPO (AUSENTE)

Lembra tudo como se fora presente, ausente dele é a mancha afundada ao lado e nem cheiro agora permanece para uma réstia se perseguir de olhos fechados até ao lugar vago, mão que afaga vagarosa igual ao carinho dos tempos e ao hábito do nome pelas manhãs e pelas noites, ainda o diz silenciosa, ainda o diz a ecoar pelo quarto para as paredes não o esquecerem vincadas pelo encosto dos ombros e das palmas e de tudo o que de vida há impresso como papel a forrar anos, faz-de-conta que está para esquecer o faz-de-conta ausente, lembra tudo como agora e já nem sabe o que custa mais, se a lembrança dela se a ausência dele sem ela.